Desde de março de 2020 estamos vivendo em condições atípicas em função da disseminação do vírus da COVID-19. Atualmente, apesar de medidas preventivas mais brandas, de acordo com a OMS, o mundo segue em estado de pandemia com milhares de novos casos diários.
Entretanto, vale destacar que não é a primeira vez que enfrentamos um período pandêmico. Em 2009, por exemplo, a gripe A surgiu através de uma mutação do vírus influenza provocando cerca de 280 mil óbitos. Você pode conferir em detalhes aqui!
Repare que ambas as doenças citadas a cima são provocadas por vírus. Esses seres, assim como as bactérias, são microrganismos. Ou seja, organismos tão pequenos que não podem ser vistos a olho nu. Essa característica torna muito difícil a tarefa de combate-los. Afinal, se não podemos ver, como evita-los?
Ameaças invisíveis
Apesar dessa preocupação ter se tornado comum recentemente em nosso cotidiano, ela não é novidade em outros ambientes. Ações como lavar as mãos com frequência e ficar atento ao contato com possíveis objetos contaminados são realidade para inúmeros profissionais da saúde.
E esses cuidados não são à toa! Estudos apontam que os fômites desempenham um papel fundamental na transmissão de infecções intestinais e respiratórias. Muito comum na área médica, o termo fômite faz referência a qualquer objeto inanimado ou substância que possa reter ou transportar organismos contagiantes e infecciosos. Ou seja, àqueles utensílios e superfícies capazes de gerar a contaminação.
Contaminação através do contato com fômites
Em 2011, por exemplo, pesquisadores italianos investigaram a origem de uma infecção hospitalar que levou dois pacientes imunocomprometidos a óbito. Em ambos os casos, os exames confirmaram infecção sistêmica causada pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. Classificada como gram-negativa, esse microrganismo é resistente a vários antibióticos, sabonetes, detergentes e desinfetantes hospitalares, o que dificulta a sua eliminação.[1,2]
Após um período de dois meses, o estudo apontou como uma das possíveis fontes de contaminação e disseminação da bactéria foi o dispenser de sabonete localizado no acesso da Unidade de Tratamento Intensivo. Ou seja, médicos, enfermeiras e demais funcionários que utilizavam o equipamento, atuavam como transportadores das bactérias. [1,2] A partir desse contato, ao tocarem em pacientes ou demais utensílios, a P. aeruginosa era disseminada.
Infelizmente, esse não foi um caso isolado. Em 2004, no Japão, um surto hospitalar de Serratia marcescens levou três pacientes a óbito. Na ocasião, pesquisadores identificaram a presença da bactéria em dispenser de sabonete e borrifadores.[1,3] Ou seja, objetos de alta rotatividade no cotidiano, o que levou a disseminação da S. marcescens por diferentes áreas do hospital.
Além disso, vale ressaltar que assim como na Itália, tal bactéria é classificada como gram-negativa. Ou seja, um microrganismo mais resistente e de difícil eliminação, quando comparado as gram-positivas. Não é atoa que muitas das superbactérias que conhecemos hoje são também classificadas como gram-negativas. Inclusive, nós já comentamos sobre elas aqui!
Como se proteger?
Como vimos, o contato acidental com objetos e superfícies contaminadas é um grande problema de saúde da atualidade. Principalmente, por ser um grande causador de infecções hospitalares. Inclusive, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, OMS, esse é o evento adverso que mais mata nos hospitais em todo o mundo. Então, como se proteger?
A forma mais eficaz de proteção é eliminar os agentes causadores do problema. Ou seja, minimizar a carga microbiana de fontes externas. [1] Para isso, os hospitais devem implementar rigorosos padrões de limpeza e desinfecção. Porém, não necessariamente tais atividades serão eficazes. Isso porque é necessário considerar inúmeros fatores para eliminar os microrganismos de forma eficiente. Seja a concentração, tempo de exposição ou até mesmo o tipo de microrganismos, são pontos importantes para avaliação. Nós comentamos sobre isso em detalhes aqui!
Mas, e se objetos e superfícies por si só impedissem a proliferação bacteriana? Esse cenário ideal já é uma realidade graças a ação bactericida e virucida dos ativos baseados na prata.
Compostos baseados na prata: ação bactericida e virucida de amplo espectro
Com atividade bactericida e virucida de amplo espectro, os compostos baseados na prata são eficazes contra bactérias gram positivas, gram negativas, fungos, vírus envelopados e não envelopados. Além disso, por ser um aditivo inorgânico sólido, esse ativo pode ser facilmente incorporando em plásticos, vernizes e diversos outros materiais, facilitando a produção de objetos e superfícies protegidas.
Outro ponto de destaque é que os ativos baseados na prata não evaporam. Ou seja, não haverá a instauração de concentrações subinibitórias, reduzindo as chances de surgimento de novos super microrganismos.
Além disso, a prata possui aspecto não volátil e não lixiviante ou migratório! Isso quer dizer que, uma vez em contato com os microrganismos, esse ativo atua de forma plena e contínua, promovendo proteção prolongada, ou até mesmo permanente, que varia de acordo com a forma de incorporação do aditivo. Graças a alta estabilidade química e propriedades sólidas, os ativos baseados na prata se mantém aderidos a superfície.
Essa é a característica chave que permite que os ativos de base prata sejam incorporados em diferentes materiais. Por exemplo, o polímero usado na fabricação de dispenser pode ser aditivado. Assim, o próprio objeto impedirá a proliferação de microrganismos, impedindo a disseminação.
Superfícies e objetos com ação bactericida e virucida
As possibilidades de melhorias não se restringem aos dispenser. Luvas, roupas de cama, uniformes hospitalares e até mesmo utensílios podem ser aditivados. Apesar de não dispensar a importância da desinfecção e limpeza frequente dos ambientes, a incorporação de aditivos baseados na prata aumenta a segurança e higiene por minimizar os riscos de contaminação dos objetos, reduzindo a presença de microrganismos de maneira permanente!
Então, quer aumentar a segurança dos objetos com tecnologia bactericida e virucida? Entre em contato com a nossa equipe de especialistas e descubra como incorporar esse ativo em seus produtos!
Referências
[1] PINHEIRO, Rodrigo Rollin. APLICAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS NO CONTROLE DE QUALIDADE DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE SANEANTES DOMISSANITÁRIOS. 2012. 40 f. Dissertação (Doutorado) – Curso de Vigilância Sanitária, Vigilância Sanitária do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Rio de Janeiro, 2012.
[2] LANINI, Simone et al. Molecular Epidemiology of a Pseudomonas aeruginosa Hospital Outbreak Driven by a Contaminated Disinfectant-Soap Dispenser. Plos One, [S.L.], v. 6, n. 2, p. 1-10, fev. 2011. Public Library of Science (PLoS). http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0017064.t001.
[3] TAKAHASHI, Hiroshi; KRAMER, Michael H.; YASUI, Yoshinori; FUJII, Hayato; NAKASE, Katsumi; IKEDA, Kazunori; IMAI, Tatsuya; OKAZAWA, Akiko; TANAKA, Tomoyuki; OHYAMA, Takaaki. Nosocomial Serratia marcescens Outbreak in Osaka, Japan, From 1999 to 2000. Infection Control & Hospital Epidemiology, [S.L.], v. 25, n. 2, p. 156-161, fev. 2004. Cambridge University Press (CUP). http://dx.doi.org/10.1086/502367.