Nanopartículas de prata e o combate à caspa

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Sabemos que a pele é o maior órgão do corpo humano. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, SPDV, em um único centímetro é possível encontrar, aproximadamente, 100 glândulas sebáceas, 500 glândulas sudoríparas, milhões de células e mais de 80 termorreceptores que nos auxiliam a perceber as mudanças de temperatura.[1]

Com uma função essencial, a pele e suas estruturas anexas, como as unhas e os pelos, protegem a integridade do nosso corpo. Entre as suas atuações, podemos destacar a capacidade de cicatrização e renovação, regulação térmica e expansão durante o crescimento do indivíduo. Entretanto, visto a sua característica externa, ou seja, em contato constante com o ambiente, a pele pode sofrer danos físicos, químicos e biológicos.[2] 

Doenças de pele

Estudos realizados pela Sociedades Brasileira de Dermatologia, SBD, demonstram que cerca de 10% de todas as consultas médicas em países subdesenvolvidos podem ser atribuídas a doenças de pele. No Brasil, a avaliação de 57.000 pacientes indicou que o motivo que mais leva brasileiro aos consultórios é a acne. Inclusive, nós já falamos sobre ela aqui! Entretanto, o segundo colocado, não menos preocupante, são as micoses superficiais.[3]  

Também chamadas de dermatomicoses, as micoses superficiais são infecções fúngicas muito comuns. Elas são provocadas ou agravadas pela presença de fungos na superfície da pele e de seus anexos. Entre os inúmeros exemplos, hoje daremos destaque para uma problemática que atinge cerca de 50% da população mundial adulta: a caspa. [3,4]

O que é caspa?

Primeiramente, vamos esclarecer que a caspa não é um fungo, mas uma condição provocada por um fungo! Em específico, a caspa ocorre quando fungos passam a decompor o sebo produzido em excesso pelas glândulas sebáceas. Essa decomposição gera ácido oleico, provocando irritação dérmica. Como consequência, ocorre vermelhidão e coceira no local, seguido de descamação excessiva do couro cabeludo. Assim, há a formação das placas brancas características da caspa![2,4] 

Entre os diferentes fungos que podem provocar essa dermatomicose,  o destaque é para a espécie Malassezia, incluindo fungos M. furfur, M. sympodialis, M. sloofia, M. pachydermatis, M. globosa e M. restricta, documentados na literatura.[4] 

Entretanto, assim como os microrganismos que provocam a caspa são estudados, as formas de combate também são! Apesar de não ter cura, um tratamento eficiente pode solucionar esse incômodo no dia-a-dia, principalmente quando combatemos diretamente esses fungos causadores por meio de um agente antifúngico!

Como já sabemos, os fungos são os grandes responsáveis por provocar a caspa. Logo, o uso de agentes que impeçam a proliferação desses microrganismos são uma das formas mais efetivas de combate. Entretanto, há uma crescente preocupação com a formação de cepas fúngicas cada vez mais resistentes aos princípios ativos tradicionais.[2] Assim como as superbactérias, os superfungos também são uma realidade! Ou seja, precisamos de uma solução mais eficiente!

Nanoprata no combate a caspa

As nanopartículas de prata são conhecidas mundialmente pela sua ação antimicrobiana de amplo espectro. Ou seja, elas possuem ação eficaz no combate a bactérias, vírus, microrganismos super resistentes e fungos, incluindo aqueles causadores da caspa. Além disso, em função da escala nanométrica, a prata possui ação potencializada. Em outras palavras, com a nanoprata temos um agente antifúngico altamente eficaz mesmo quando usado em baixíssimas concentrações!

Um estudo que avaliou a eficiência das nanopartículas de prata no combate à fungos da espécie Malassezia demonstrou que as nanopartículas se mostraram altamente eficientes, com concentração inibitória mínima de 25 ppm para Malassezia furfur. Dessa forma, o estudo conclui que as nanopartículas de prata são potenciais substitutas da cetoconazol no combate a caspa.[4]

Falando sobre dermatites, indo além da caspa, a literatura técnica aponta que as nanopartículas de prata são eficientes também para o combate de dermatites causadas pelo microrganismo Trichophyton rubrum, agente causador de micoses superficiais e principal causador de infecções como onicomicose e tinea pedis. [5]

Essas características, somadas as propriedades antissépticas e anti-inflamatórias da nanoprata, abrem espaço para a incorporação desse aditivo em inúmeros cosméticos. Shampoos, pomadas, cremes e hidratantes podem facilmente ter as nanopartículas S3nano incorporadas em sua formulação. Ademais, vale ressaltar que a segurança também é um ponto chave. As nanopartículas de prata S3nano são dermatologicamente testadas e hipoalergênicas. Assim, o combate a caspa toma novas proporções com tecnologia, inovação e segurança!

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[1] VENEREOLOGIA, Sociedade Portuguesa de Dermatologia e. A pele. Disponível em: https://www.spdv.pt/_a_pele. Acesso em: 18 jun. 2022.
[2] TRUITI, Maria Conceição Torrado; RABITO, Mirela Fulgencio. Antifúngicos de uso tópico no tratamento de micoses cutâneas e caspa. Acta Scientiarum. Health Science, [S.L.], v. 31, n. 2, p. 107-111, 21 set. 2009. Universidade Estadual de Maringa. http://dx.doi.org/10.4025/actascihealthsci.v31i2.6760.
[3] DERMATOLOGIA, Sociedade Brasileira de. Nosologic profile of dermatologic visits in Brazil. Clinical, Epidemiological, Laboratory And Therapeutic Investigation, Brasilia, p. 545-554, out. 2006.
[4] SATHISHKUMAR, Palanivel, et al. Anti-acne, anti-dandruff and anti-breast cancer efficacy of green synthesised silver nanoparticles using Coriandrum sativum leaf extract. Journal Of Photochemistry And Photobiology B: Biology, Tamil Nadu, v. 163, p. 69-76, out. 2016

[5] NOORBAKHSH, Fatemeh, REZAIE, Sassan, SHAHVERDI, Ahmad. Antifungal Effects of Silver Nanoparticle alone and with Combination of Antifungal Drug on Dermatophyte Pathogen Trichophyton Rubrum. International Conference on Bioscience and Bioinformatics. IPCBEE vol. 5 (2011) IACSIT Press, Singapore. 2011.

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