Nanopartículas são seguras para a pele?

Tempo de leitura: 3 minutos

Você já se perguntou quantos produtos cosméticos tem na sua casa? Hidratantes corporais, shampoos, desodorantes, espuma de barbear e protetor solar são somente alguns exemplos que podem ser facilmente encontrados nas casas brasileiras.

Com o aumento da expectativa de vida e o crescente interesse em se manter jovem, acrescidos do clima tropical brasileiro, o consumo de produtos de higiene e beleza no nosso país disparou. Atualmente, ocupamos a quarta posição no ranking mundial de consumo do setor.

Buscando o destaque entre as variedades disponíveis no mercado, o uso de nanotecnologia em cosméticos tem ganhado força e é uma das tendências para o segmento. Isso porque a incorporação de nanopartículas nas formulações possibilita uma ação potencializada, permitindo a alta eficácia do produto em diferentes aspectos. Atualmente, têm-se o registro de 908 produtos com nanotecnologia distribuídos em 31 países ao redor do globo, dos quais cerca de 50% são destinados a skin care.

Nanopartículas são seguras?

Já percebemos que a nanotecnologia veio para ficar no setor cosmético! Além do potencial tecnológico, a alta aceitação do público e o interesse em produtos cada vez mais eficazes contribuem para a crescente presença das nanopartículas. Porém, sabendo que a maioria dos produtos é destinado para skin care, será que estes materiais são seguros para contato direto com a pele?

Para tornar este cenário mais real, vamos supor um exemplo. Atualmente, alguns desodorantes possuem nanopartículas de prata. A prata tem um efeito antimicrobiano incrível! Ou seja, ela é capaz de eliminar os microrganismo que provocam aquele mau odor característicos nas axilas. Dessa forma, o desodorante se torna muito mais eficiente! Porém, ao usar diariamente este produto, as partículas nanométricas de prata entrarão em contato com a sua pele. Será que essas partículas vão provocar algum tipo de alergia?

A resposta é não! Já havíamos falado no nosso blog que os aditivos S3nano são classificados como não irritantes e apresentam zero citotoxicidade. Agora traremos em primeira mão os resultados dos testes realizados em humanos. Podemos afirmar que as nanopartículas de prata S3nano são dermatologicamente testadas e hipoalergênicas!

O que isso quer dizer?

Certamente, você já escutou que um determinado produto é dermatologicamente testado. Mas, você sabe o que isso significa? De acordo com o Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos da Anvisa, para que esta afirmação possa ser feita, é necessário que o cosmético tenha sido testado em voluntários e avaliado por um dermatologista em um estudo chamando de Irritabilidade Dérmica, Primária, Acumulada e Sensibilização, HRIPT (Human Repeated Insult Patch Test).

Assim como as demais análises, existe um protocolo padrão definido pela Anvisa que deve ser seguido para que os resultados tenham validade. Por definição, o estudo ocorre por sete semanas e os participantes devem ter fototipos variados, classificados de I a IV, de acordo com a escala Fitzpatrick. Eles utilizam um patch com apósitos semi-oclusivos, ou seja, pequenos círculos de papel filtro contendo a substância a ser testada que ficam coladas com fitas hipoalergênicas.

FototipoCorSensibilidade
IBranca clara (olhos e cabelos claros)Extremamente sensível
IIBrancaMuito sensível
IIIMorena claraSensível
IVMorena EscuroPouco sensível
Escala de fototipos de Fitzpatrick.

Durante a primeira semana, fase chamada de Irritabilidade Dérmica Primária, os voluntários ficam com o apósito por 48h e, após a remoção, são avaliados por um dermatologista a cada 48h. Já nas três semanas seguintes, fase da Irritabilidade Dérmica Acumulada, os patchs são substituídos a cada 48h e participantes avaliados a cada substituição. As duas semanas seguintes são de descanso e, por fim, tem-se a sétima semana, chamado de Sensibilização Dérmica ou Desafio.

A cada nova avaliação dermatológica, os voluntários são avaliados conforme escala de leitura definida pelo International Contact Dermatitis Research Group (ICDRG). Observa-se a presença de sinais ou sintomas clínicos como inchaço (edema), vermelhidão (eritema), pápulas, vesículas e atribui-se um grau. Ao final das sete semanas, caso aprovado, o produto é considerado dermatologicamente testado.

Leitura ICDRGResultadoGrau
AusenteNegativo Zero
Eritema LeveDuvidoso01
Eritema NítidoPositivo02
Eritema + Edema + PápulasPositivo03
Eritema + Edema + Pápulas + VesículasPositivo04
Escala ICDRG.

Durante a realização do estudo com os aditivos S3nano, os 53 voluntários testados apresentaram grau zero de irritabilidade dérmica primária, acumulada ou sensibilização. Ou seja, nenhum sinal ou sintoma clínico foi detectado. Logo, os aditivos S3nano foram aprovados e são dermatologicamente testados, sendo o produto seguro para uso tópico em conformidade com o Guia para avaliação de segurança da ANVISA, 2012.

Mas, eles são hipoalergênicos?

Para que um produto seja considerado hipoalergênico é necessário que ele seja avaliado sob um estudo de fototoxicidade e fotossensibilização. Com protocolo similar ao estudo que Sensibilização dérmica que comentamos, os fototestes (FTT) tem duração de cinco semanas. A grande diferença é que, após a remoção do apósito, o local é irradiado com radiação UVA na dose de 5 J/cm2. Isso equivale a ficar 58 segundos exposto ao sol do meio dia!

Assim como no estudo HRIPT, os voluntários são avaliados de acordo com a escala ICDRG. Para os testes realizados com os aditivos S³nano, dos 27 voluntários testados nenhum apresentou qualquer sinal ou sintoma clínico, sendo atribuído grau zero para todos os participantes. Logo, os aditivos S3 foram aprovados e considerados hipoalergênicos!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossos materiais exclusivos em seu e-mail