Nanopartículas de prata: novas aliadas no combate à acne

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Você já sofreu com a acne? Eu aposto que sim! De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), este é um dos motivos que mais leva brasileiros aos consultórios dermatológicos. E engana-se quem acredita que as famosas espinhas afetam somente os jovens. Esse problema abrange uma ampla faixa etária, afetando crianças, adolescentes e adultos entre 18 e 45 anos [1]. Mas, você sabe o que causa a acne?

A acne

A acne é, na verdade, uma doença inflamatória! Ela atinge as unidades polissebáceas da pele que, entre outros componentes, são formadas pelas glândulas sebáceas. Como o próprio nome sugere, tais glândulas têm como função a produção de sebo. Esse é um processo natural do nosso organismo que promove inúmeros benefícios, como a hidratação dérmica, por exemplo [2].

Entretanto, os pacientes que sofrem com acne possuem produção de sebo exacerbada! Isso pode ocorrer por diferentes motivos e um deles é pela ação dos hormônios sexuais. É por isso que os adolescentes são os que mais sofrem com as espinhas! [2,3]

O excesso de sebo provoca a obstrução do folículo polissebáceo e torna o ambiente ideal para a proliferação de diferentes microrganismos. Em especial, algumas bactérias como a Propionibacterium acnes.  A P. acne é uma bactéria gram-positiva que produz enzimas capazes de hidrolisar os triglicerídeos do sebo. Como produto, tem-se a liberação de ácidos graxos que podem dilatar e provocar a ruptura folicular, promovendo uma resposta inflamatória que conhecemos como acne [2,3].

Mecanismo de formação da acne.
Fonte: Tuchayi, S., Makrantonaki, E., Ganceviciene, R. et al. Acne vulgaris. Nature Rev Dis Primers 1, 15029 (2015).

Como combater?

Atualmente, um dos tratamentos mais eficazes para combater a acne consiste em medicamentos via oral que possuem a função de reduzir a glândula sebácea para inibir a produção de sebo e, consequentemente, minimizar a proliferação bascteriana da P.acnes. No entanto, o tratamento é bastante agressivo, provocando efeitos colaterais desagradáveis aos usuários, como o descamação e o ressecamento extremo da pele.

O uso de medicamentos antibióticos também é uma alternativa frequentemente utilizada. Nesse caso, antimicrobianos convencionais como a Tetraciclina, combatem diretamente a bactéria P.acnes. No entanto, diversos estudos indicam que algumas cepas de bactérias tem desenvolvido resistência ao uso desse antibiótico, o que leva a uma redução drástica da sua eficiência na eliminação da acne [3,4].

Por esses motivos, soluções alternativas e menos agressivas estão ganhando cada vez mais espaço. Nesse cenário, os dermocosméticos com funções antissépticas e antimicrobianas se destacam. Tais produtos atuam de modo localizado e direto, combatendo a bactéria causadora da infecção, mas mantendo a hidratação natural da pele.

Sabendo disso, a nanotecnologia tem atuado como uma solução inovadora, segura e eficaz através dos nanocosméticos!

Nanopartículas de prata contra a acne

A ação antimicrobiana da prata já é conhecida desde a antiguidade. Em meados do século XIX, era comum a colocação de moedas de prata dentro do leite para evitar a proliferação de microrganismos, por exemplo.

Entretanto, com o avanço da ciência e a criação da nanotecnologia, as propriedades antimicrobianas da prata foram potencializadas graças as suas dimensões nanométricas. Capaz de atuar contra um amplo espectro de microrganismos, as nanopartículas de prata possuem ação antimicrobiana, antisséptica e anti-inflamatória.

Além disso, elas podem ser facilmente incorporadas em diferentes formulações cosméticas, atuando como princípio ativo em creme de tratamento, sabonete, sérum e primer. São inúmeras possibilidades para reforçar a proteção contra a acne!

Na literatura técnica, estudos demonstram ação inibitória das nanopartículas de prata contra a bactéria P. acne já em baixíssimas concentrações. Dessa forma, a alta eficácia da prata permite ação bacteriolítica potencializada, e devido seu caráter não volátil e sua perenidade, mantém sua eficiência sem o risco de instauração de concentrações subinibitórias [3,5,6,7] . Este aspecto é bastante importante pois dificulta que os microrganismos criem resistência, tornando as NPs fortes aliados no combate aos cravos e espinhas!

Um estudo que avaliou a eficiência das nanopartículas de prata no combate a Propionibacterium acnes MTCC 1951 apontou uma concentração mínima inibitória de 3,1 ppm. Ou seja, 0,0000031 g/mL de NP foram suficientes para inibir o crescimento da P. acne. Dessa forma, o estudo conclui que as nanopartículas de prata são potenciais substitutas da Tetraciclina, combatendo até mesmo as cepas mais resistentes.[3]

Mas, é seguro?

Sim, pode ficar tranquilo! As nanopartículas de prata S3nano são hipoalergênicas e dermatologicamente testadas. Além disso, os nossos aditivos são classificados como não irritantes e apresentam zero citotoxicidade e toxicidade.

Estudos presentes na literatura apontam que a maior parte das nanopartículas de prata em contato com a pele permanecem apenas nas camadas superficiais e na camada superior do estrato, não penetrando na derme mais profunda. Dessa forma, por não serem absorvidas, a ação das nanopartículas é focada nas camadas mais superficiais da pele e podem ser removidas por lavagem da pele após 24h.[8]

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[1] MEDICAL, Vydence. Acne Ativa. Acesso em: 01 maio 2022.
[2] HASSUN, Karime Marques. Acne: etiopatogenia. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 7-13, 15 dez. 1999.
[3] SATHISHKUMAR, Palanivel et al. Anti-acne, anti-dandruff and anti-breast cancer efficacy of green synthesised silver nanoparticles using Coriandrum sativum leaf extract. Journal Of Photochemistry And Photobiology B: Biology, [S.L.], v. 163, p. 69-76, out. 2016. Elsevier BV.
[4] GRANATO, Patrícia Camelo. Asectos sobre a resistência bacteriana à tetraciclina (Revisão de literatura). Monografia. Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2011.
[5] P. Paralikar, Biogenic synthesis of silver nanoparticles using leaves extract of Epiphyllum oxypetalum and its antibacterial activity, Austin J. Biotechnol. Bioeng. 1 (2014).
[6] R. Pandit, Green synthesis of silver nanoparticles from seed extract of Brassica nigra and its antibacterial activity, Nusantara Biosci. 7 (2015) 15–19.
[7] P.A. Joshi  et al. Comparative Studies on Synthesis of Silver Nanoparticles by Fusarium oxysporum and Macrophomina phaseolina and It’s Efficacy Against Bacteria and Malassezia furfur. Journal Of Bionanoscience. Sp, p. 378-385. ago. 2013.
[8] Samberg ME, Oldenburg SJ, Monteiro-Riviere NA. Environ Health Perspect. 2010; 118(3):407-413

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