As superbactérias já são um realidade em muitos hospitais ao redor do globo. Porém, recentemente, superfungos tem sido descobertos provocando grande preocupação. Descubra o que são esses microrganismos e como a nanotecnologia em hospitais pode auxiliar no combate!
Os microrganismos podem ser encontrados em todos os lugares! Neste exato momento, somente nas suas mãos, milhares de seres vivos microscópicos estão se multiplicando. Apesar de parecer assustador, vale ressaltar que não são todas os microrganismos que fazem mal a sua saúde. Inclusive, alguns deles são benéficos e essenciais. Por exemplo, você já ouviu falar em flora intestinal? Essa é uma expressão que se refere as inúmeras bactérias presentes no nosso intestino. Elas são responsáveis por facilitar o processo de digestão e prevenir infecções, garantindo o bom funcionamento do organismo.
Mas, infelizmente, existem aquelas bactérias que são prejudiciais a saúde. Por exemplo, entre as doenças mais comuns provocadas por bactérias, podemos citar:
Doença | Bactéria |
---|---|
Tétano | Clostridium tetani |
Leptospirose | Leptospira interrogans |
Tuberculose | Mycobacterium tuberculosis |
Gonorreia | Neisseria gonorrhoeae |
Meningite meningocócica | Neisseria meningitidis |
Pneumonia bacteriana | Streptococcus pneumoniae |
Sífilis | Treponema pallidum |
Seja qual for o microrganismo que provoque a infecção, certamente a consequência será procurar um hospital para tratar os sintomas. Ou seja, os hospitais e unidades de pronto de atendimento, por exemplo, se tornam o ponto de encontro de todos os patógenos!
Esse é um dos motivos que levam as tão frequentes infecções hospitalares! Como nós já comentamos em uma das nossas postagens, esse termo se refere a qualquer tipo de infecção que o paciente adquira ao ser internado ou até mesmo após a sua alta. Ela é comumente causada por microrganismos, com destaque para fungos e bactérias. Além disso, segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, infecção hospitalar é o evento adverso que mais mata nos hospitais em todo o mundo.
Outro ponto que causa preocupação, são as superbactérias! Elas são resistentes aos antibióticos, dificultando o tratamento dos pacientes e a limpeza do ambiente com produtos convencionais. Mas, além delas, recentemente descobrimos um superfungo: Candida auris.
Conheça a Candida auris
A Candida auris é um tipo de fungo emergente que tem ganhado destaque nos últimos anos. Considerado pela Anvisa uma séria ameaça a saúde pública, ele foi isolado pela primeira vez a partir da secreção do ouvido de um paciente japonês, em 2009. Considerando multirresistente, ele apresenta forte resistência a tratamento de diversos antifúngicos, dificultando o combate a infecção.
No Brasil, o primeiro caso positivo foi em 7 de dezembro de 2020. Já comentamos sobre ele aqui! Ele foi isolado a partir de uma amostra de ponta de cateter de um paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva, UTI, em Salvador – BA. Esta ocorrência inicial levou a um surto com 15 casos, dos quais dois vieram a óbito.
Além disso, há o registro de um segundo surto em dezembro de 2021, novamente em um hospital da rede pública de Salvador. E, recentemente, no início de janeiro, um terceiro surto foi registrado pela Anvisa com dois casos positivos para Candida auris em um hospital de Pernambuco.
Como o paciente é contaminado?
Repare que o primeiro caso registrado no Brasil foi identificado a partir da amostra de uma ponta de cateter. Isso porque este fungo possui a capacidade de aderir a superfície de equipamentos médicos, o que dificulta o tratamento e favorece a proliferação. Logo, pacientes com cateter venoso central, dispositivos médicos no organismo ou com o sistema imunológico debilitado podem ser mais suscetíveis a contaminação.
Como prevenir?
Tratando-se de superbactérias e superfungos, o tratamento com produtos convencionais se torna pouco eficiente. Neste cenário, a proposta da nanotecnologia em hospitais, com ação maximizada, se torna o ideal. Em específico, a atuação das nanopartículas de prata!
A ação bactericida da prata é conhecida desde a antiguidade! Era comum colocar moedas de prata dentro de leiteiras para evitar a proliferação de microrganismos. Com as partículas em escala nanométrica, caracterizando a nanoprata, essa ação antimicrobiana é potencializada.
As nanopartículas de prata podem ser adicionadas em saneantes para garantir uma desinfecção eficaz e prolongada contra bactérias gram-negativas e gram-positivas, além de fungos, vírus, superbactérias e superfungos. Inclusive, já fizemos um comparativo entre os diferentes saneantes aqui!
Além disso, com a nanotecnologia em hospitais podemos ir além! Por que invés de nos concentrarmos em limpar, não focamos em evitar a proliferação? Ou seja, podemos incorporar nanopartículas de prata em materiais, de forma que ele estará protegido em sua totalidade.
Por exemplo, pense nos lençóis e demais materiais têxteis que são utilizados em hospitais. A nanoprata pode ser facilmente incorporada ao têxtil, evitando que os microrganismos se proliferem sobre aquele artigo aditivado. Dessa forma, o próximo paciente a utilizá-lo estará menos exposto a contaminação. Inclusive, se quiser saber um pouco mais a respeito, já comentamos sobre a revolução da nanotecnologia no segmento têxtil aqui!
Além disso, lembra do primeiro caso de Candida auris no Brasil que comentamos a cima? Ele foi identificado a partir de uma amostra de ponta de cateter. A nanotecnologia pode estar presente neste tipo de material! Dessa forma, este dispositivo médico teria proteção antiviral, antifúngica e antimicrobiana.
Quer saber mais sobre a aplicação de nanotecnologia em hospitais? Descubra como incorporar a nanotecnologia no seu segmento através da nossa equipe de especialista!